Friday 5 June 2009

Fechar um Ciclo

E assim fechamos um ciclo do nosso universo!

As aulas de Comunicação Digital, a par com a nossa experiência empira na blogosfera permitiu-nos adquirir alguns conhecimentos e técnicas indispensáveis à utilização e manutenção correcta de um blogue.

Enquanto exércicio/trabalho da faculdade representou um desafio e uma motivação pela sua estrutura de trabalho e de apresentação que foge aos canones tradicionais da maioria das cadeiras universitárias. Aliado a uma experiência, que concluimos ter sido enriquecedora, a um nível pessoal e profissional de um futuro profissional.

É importante referir ainda que esta experiência do blogue tornou-nos mais dispertas e atentas a outros blogues, aos seus utilizadores e aos objectivos e necessidades assim como paras as"respostas" ou feedback que possam receber ou que desejam obter, através deste meio de comunicação.

Arena - Palme d'Or


O primeiro português a ganhar uma Palma de Ouro em Cannes chama-se João Salaviza, têm 25 anos, e o seu filme dura apenas 15 minutos.
O aviso já tinha sido dado no Indie Lisboa, onde filme se estreou e foi distinguido como o melhor da competição nacional.A selecção para este Cannes por si só já era um prémio. COntudo, ficou o reconhecimento do mais importante festival de cinema europeu para a sua primeira obra.
Já se fala numa possível nomeação para Óscares,mas para já o que é provavel que aconteça para lá mais para o fnal do ano é a estreia em Sala assim comp um ante-estreia na Cinemateca e a publicação de um livro.

O presidente do júri de Cannes, John Boorman, acha que com Arena assistimos à "emergência de um novo talento cinematográfico".

Enquanto portuguesas ficamos orgulhosos, enquanto cinéfilos, aguardamos a estreia em sala.

Ciclo de conferências na Culturgest

Novos Suportes e Mediação Tecnológica é a segunda conferência que José Afonso Furtado apresenta na Culturgest, em Lisboa, dia 16 de Junho, às 18.30, integrada no ciclo livro na era da sua reprodutibilidade digital. Partindo da premissa que a história do livro é também a “história da escrita, dos seus suportes, da sua transmissão, disseminação e recepção” este ciclo aborda várias questões relacionadas com a evolução do livro.

José Afonso Furtado, director da Biblioteca de Arte, da Fundação Calouste Gulbenkein e professor no curso de pós-graduação Edição: Livros e Novos Suportes Digital, da Universidade Católica, focar-se-á nas próximas conferências Escrever, editar e ler na Era Digital I e Escrever, editar e ler na Era Digital II, num “conjunto de heranças sedimentares que a emergência de uma sociedade de informação e em rede e o desenvolvimento das novas tecnologias digitais vêm pôr em questão”.

Dias 23 e 30 de Junho, sempre as 18.30.
A entrada é livre (limites de lugares disponíveis na Sala 2)

Sunday 26 April 2009

Canonizaçao de D.Nuno Alvares Pereira

Papa sublinha dimensão de "herói" de Frei Nuno de Santa Maria





D. Nuno Álvares Pereira foi proclamado santo esta manhã, às 10h33 (09h33 em Lisboa) no Vaticano, perante milhares de pessoas, entre elas duas mil portuguesas. O Papa sublinhou a dimensão de "herói" do novo santo português mas não referiu a sua generosidade.

O Papa Bento XVI referiu-se, há poucos minutos, a Frei Nuno de Santa Maria, o oitavo santo português proclamado em Roma às 10h33 (09h33 em Lisboa), como "herói e santo de Portugal", que viveu numa época em que a nação consolidou "a sua independência de Castela".

Lendo em português o parágrafo dedicado a Frei Nuno, Bento XVI acrescentou que, embora o novo santo "fosse um óptimo militar e um grande chefe, nunca deixou os dotes pessoais sobreporem-se à acção suprema que vem de Deus".

Ontem, na conferência de imprensa em Roma a propósito da canonização, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, recusara várias vezes a "exaltação patriótica" da figura de Nuno Álvares Pereira.

As referências do Papa Ratzinger a Frei Nuno de Santa Maria foram sublinhadas várias vezes por aplausos dos cerca de dois mil portugueses e carmelitas que estarão presentes na Praça de São Pedro.

Bandeiras de Portugal, Açores e Brasil, faixas com inscrições, estandartes de escuteiros - o Condestável é patrono do Corpo Nacional de Escutas - assinalam numa Praça de São Pedro que se foi enchendo de pessoas, sendo perto de 30 mil no final da cerimónia, a presença dos peregrinos ligados a Frei Nuno.

Na homilia, que acabou há poucos minutos, Ratzinger acrescentou ainda que Nuno Álvares Pereira é exemplar pela "presença de uma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis às mesmas". Em qualquer situação, "mesmo de carácter militar e bélica, é possível actualizar e realizar os valores e princípios da vida cristã", acrescentou.

No entanto, o Papa não referiu, explicitamente, a generosidade de Frei Nuno para com os pobres. Depois de ter comandado o exército de D. João I, nomeadamente vencendo os castelhanos na batalha de Aljubarrota em 1385, o Condestável renunciou a todos os títulos e propriedades, distribuindo os seus bens pelos pobres e necessitados.

Ainda na homilia e a propósito da vida de Caterina Volpicelli, outra santa hoje proclamada, o Papa afirmou: "é possível construir uma sociedade aberta à justiça e à solidariedade, superando o desequilíbrio económico e cultural que continua a subsistir em grande parte do nosso planeta".

A fórmula de canonização pronunciada por Bento XVI às 10h33 locais, afirma: "Declaramos e definimos santos os beatos Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, Geltrude Comensoli e Caterina Volpicelli, e inscrevemo-los no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os santos”.

Os outros santos são todos italianos. O padre Arcangelo Tadini (1846-1912), que se dedicou a apoiar as operárias e fundou a Congregação das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazaré. Bernardo Tolomei (1272-1348) também foi cavaleiro, tal como o Condestável português, antes de se dedicar a uma vida de monge eremita, fundando a congregação do Monte Olivete. As duas santas são Geltrude Comensoli (1847-1926), da Congregação das Irmãs Sacramentinas de Bérgamo (Itália), e Caterina Volpicelli (1839-1894), fundadora da congregação das Servas do Sagrado Coração, que se dedicam a apoiar pobres e jovens.


In público.pt, 26 de abril de 2009 http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376753

Friday 24 April 2009

"Convergência nos Media"

Os últimos 15 anos, aproximadamente, foram marcados em Portugal, como nos demais países, por um profunda transformação estrutural dos meios de comunicação social. A introdução da tecnologia digital permitiu em enorme reforço de capacidade de transmissão por via terrestre, cabo ou satélite. Uma das principais consequências do desenvolvimento da comunicação social, potenciado por estas transformações, foi a convergência das tecnologias, telecomunicações, software, electrónica de bens de consumo e media.
Decorreu na passada quinta-feira, dia 23 de Abril, na Faculdade da Ciências Humanas, da Universidade Católica, precisamente uma Conferência que procurou discutir precisamente a problemática da Convergência nos media, e que merece o nosso destaque.

O primeiro convidado, António Granado, coordenador do do Público on-line, referiu-se à convergência nos media, dividindo-a em quatro pontos e desmistificando alguns mitos que caracterizam este “conceito” enquadrado no actual panorama dos meios de comunicação. Começando por identificar convergência entre empresas, exemplificou, com aquisição de papel para vários jornais que pertencem a um mesmo grupo ou a deslocação de um só jornalista para ir cobrir um acontecimento fora do pais, e posteriormente esse mesmo jornalista redige a noticia para os vários meios de comunicação do mesmo grupo. Torna-se vantajoso para a própria empresa a possibilidade de aproveitar os seus trabalhadores, dirigindo-os em vários sentidos, em vez de os canalizar para uma única função e sector. Por outro lado, reduz a independência do jornalista assim com a diversidade jornalistica, a permeabilidade a pressões externas aumenta, e a publicidade também tem sofrido uma queda notável.

Seguidamente, o jornalista, falou da convergência entre media, referindo à integração nas redacções tradicionais das redacções on-line referindo que actualmente, alguns editores de alguns jornais, pensam que os jornalista da redacção do jornal que sai impresso em papel, pode simultaneamente fazer o jornalismo on-line. Para António Granado, cada um deve especializar-se e procurar ser o melhor dentro da área da qual faz parte. Ou seja, fotografo não é porque tem alguns conhecimentos de montagem que vai encarregue pela edição. Não faz sentido reduzir o numero de colaboradores e reaproveita-los, quando a produção de conteúdos triplicou.

O terceiro ponto apresentado refere-se à convergência de dispositivos, como o telemóvel e a internet. As notícias, dependem apenas de confirmações, que surgem quase na hora, para serem colocadas disponíveis a todos nesses dispositivos, enquanto os jornais perdem leitores e e a rádio igualmente ouvintes. A faixa etária do 18 aos 30, já não encontra na televisão meio de informação primordial. Os media clássicos podem dar notícias mais detalhadas e analisadas e com outras perspectivas. Os cadernos "P2" e "Ípsilon" do Público em papel foram são bons exemplos. Referem-se não só ao ontem, como o que se passou há 10, 20, 30 anos enquadrando numa perspectiva social, económica e cultural futura.

O último ponto é o da convergência entre produtores e consumidores. A facilidade no acesso a ferramentas de internet e a participação cívica, traduzem nesse esse esbatimento entre quem faz e quem recebe. Um dos momentos históricos foi a criação da Blogger em Agosto de 1999. O jornalista revela-se entusiasta com o alargamento do espaço dos produtores de informação, uma vez que permite aos próprios jornalista acederem a informações até então desconhecidas, mas realça o receio que tem em relação há falta de processos capazes de filtrar o que é válido do que não o é.

Tuesday 21 April 2009

Noite de Fados - Candeia


E porque falamos de Fado...
Como sabem no Verão passado desafiei-me a mim própria e fui fazer um campo de férias, durante 10 dias acampar, sem água, sem electricidade, com crianças e jovens institucionalizados. Ou seja, crianças ou jovens que por, em determinada altura das suas vidas, se terem encontrado numa situação de risco, por negligência familiar (maus tratos, abusos, falta de condições económicas que assegurem o bem estar de um criança como alimentação, higiene, saúde) foram colocados numa instituição ou num centro de acolhimento

A partir desse Querido mês de Agosto, nunca nada voltou a ser igual na minha vida. O contacto próximo com uma realidade tão dura, onde a falta de amor, de estima e de confiança são palavras de ordem, fez-me perceber que podemos ajudar algumas crianças, atraves dos campos de férias e das actividades de animação, que fazemos ao longo do ano, a ajudar-los a crescer, a tornarem-se pessoas fortes e com ambição, sem medo da vida.
Percebi também que não pode ser o tempo que toma conta de mim mas sou eu que tomo conta do meu tempo. Basta querer e há tempo, porque há vontade, dedicação e uma vontade enorme de fazer mais e cada vez melhor. O que damos de nós na hora de receber não há comparação possivel.

A Candeia, desde já convido a visitarem o site www.candeia.org , é uma Associação de Solidariedade Social que se dedica, durante todo o ano lectivo, ao acompanhamento e formação, através de diversas actividade, de crianças e jovens que vivem em Instituições, Centros de Acolhimento, Associações como Associação Protectora das Florinhas da Rua, Associação Crescer Ser, Associação de Lares Familiares para Crianças e Jovens - Novo Futuro, CAT Tercena, Casa dos Rapazes, etc.

Hoje em dia, a Candeia conta com cerca de setenta animadores, que acompanham anualmente cerca de 150 crianças, em regime voluntário. O nosso apoio consiste, além da realização dos Campos de Férias durante o Verão, no acompanhamento e formação das crianças durante o ano lectivo.

O orçamento anual da Candeia é suportado através de donativos de empresas, donativos de amigos da Candeia e de momentos organizados com a Noite de Fados, o momento mais importante de angariação de fundos pelouro de angariação de fundos.

Este ano convidaram-me para organizar esta a Noite de Fados da Candeia, uma honra, para uma recém chegada e um enorme desafio.
Gostava muito que tivessem presentes e que me ajudassem a fazer desta noite um sucesso. Pode realmente marcar a diferença!!!

Dia 16 de Maio nas instalações do Colégio Militar pelas 21.00h preço 35 euros inclui jantar, bom vinho, ao som de muito fado pela voz de Teresa Siqueira, Francisco Rebelo de Andradre, Rodrigo Rebelo de Andrade, Catarina Wallenstein, Francisco Sousa Countinho, entre outros . Eu sei é "carote" mas acredito que seja justificavel, pela causa a que reverte e pela noite memorável que vamos partilhar!!!

Podem enviar-me email mayercarol@gmail.com

Carolina Mayer

Monday 20 April 2009

"Fado Malhoa"

"Queiramos ou não, o Fado é a mais alta criação cultural portuguesa. (...) Associou-se o Fado ao carácter dos Portugueses. Afirmou-se que o nosso carácter é triste e fechado. (...) Já não se escreve sobre a Rua da Mariquinhas, sobre os fadistas gingões, sobre as tascas e as guitarradas. Mas continua-se a escrever sobre os grandes temas humanos: o amor, a solidão, o ciúme, a morte. Escreve-se sobre os divórcios, a droga, os flagelos sociais e os dramas pessoais. Canta-se e vive-se de acordo com este século."
Pedro Baptista-Bastos

O Fado é um género musical distintivo da cultura portuguesa e da sua identidade e caracteriza o "sentimento" português. O Fado foi instrumento de divulgação e de difusão da nossa cultura. Foi levado aos mais célebres palcos por ilustres fadistas, conquistando admiradores nos quatro cantos do mundo. Reconhecemo-nos no Fado. Este género musical tem vindo a crescer com uma notória visibilidade acompanhado sempre de grandes nomes como: a Severa, Alfredo Marceneiro, Amália Rodrigues, Camané, Mariza, Carlos do Carmo, António Mourão, David Mourão Ferreira, etc.
A palavra Fado provém do latim fatum e significa destino. O fadista canta o sofrimento, a saudade, a tragédia, a desgraça, a sina e o destino, a dor, o amor e o ciúme, a noite, as misérias da vida, o quotidiano da cidade, etc.


Em 1910 o Fado surge pela primeira vez na arte, mais precisamente na pintura portuguesa “o Fado” de José Malhoa. Esta obra, inspirada em modelos reais, com o fadista Amâncio e a sua amante Adelaide da Facada, procura apontar o ambiente em que o Fado se insere e evidenciar por isso a realidade fadista. Este quadro foi exposto em diversas galerias no estrangeiro onde obteve um enorme sucesso. Mas, somente em 1917 foi exposto em Lisboa na Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes. Contudo não conquistou o sucesso desejado e o êxito que tivera no plano internacional pois a sociedade intelectual e aristocrática teve grande dificuldade em aceitar o tema representado, já que o Fado era ainda relacionado com classes inferiores/baixas e a ambientes de marginalidade o que não correspondia aos padrões vigentes da época. Assim, não se distinguia “nem pela beleza, nem mesmo pelo moral”(1) e era julgada como uma “composição realista, e mesmo chocante”(2). Porém, este desprezo por parte da elite não impediu que este quadro não adquirisse reconhecimento nas camadas populares. Pelo contrário, inspirou várias obras teatrais como a peça de Bento Mântua “O Fado episódio em 1 acto”, filmes como o filme mudo de Maurice Mariaud, e repertórios como o conhecido “ Fado Malhoa” com letra de José Galhardo e cantado pela célebre Amália Rodrigues.

(1) Crf. Álvaro Maia em entrevista ao jornal Capital, 5 Maio 1917

(2) Crf. Hermano Neves em entrevista ao jornal Capital, 5 Maio 1917

Francis Bacon no Museu Prado

Self-portait - 1969

“ A pintura de Francis Bacon é de uma violência muito especial... o que interessa directamente ao artista é uma violência relacionada com a cor e com a linha: uma violência de sensação ( e não de representação), uma violência de estática ou potencial, uma violência de reacção e de expressão” escreveu Gilles Deleuze [Francis Bacon: The Logic of Sensation]

O Museu do Prado, em Madrid, apresentou até ontem, dia 19 de Abril, uma exposição dedicada à obra e vida de um dos mais singulares e inclassificáveis artistas do século XX, onde se reúnem 78 obras, objectos e fotografias de arquivo. Seguindo um ordem cronológica, a mostra está organizada segundo diversas temáticas que o pintor tratou em diferentes etapas da sua vida: Animal, Zona, Apreensão, Crucificação, Crise, Arquivo, Retrato, Memorial, Épico e Final.


Uma visita ao Prado, foi pretexto para vários portugueses decidirem sair de Portugal e passarem uma Páscoa com Francis Bacon e entre outros que por lá se encontram, visitando assim a cidade da Europa que cada vez mais se torna num dos centro culturais mais apelativos. Para quem fico em casa perdeu mais uma grande exposição brilhantemente organizada por este museu.

Tuesday 14 April 2009

"Making is no Island"

O Tropfest é o maior festival de curtas metragens do mundo.
Comecou há 17 anos atras em Sydney e no ano passado teve a sua primeira edição em Nova Iorque. O vencedor do ano passado foi este filme que foi totalmente filmado com um telemóvel. O seu orçamento foi de 40 dólares (cerca de
30 euros)! Vejamos...


experimenta.design

Figura incontornável do design de comunicação e da cultura visual contemporânea, Ian Anderson assume em Abril a Direcção Criativa da comunicação da próxima Bienal em Lisboa. Fundador do colectivo TDR (The Designers Republic) em 1986, o seu nome tornou-se sinónimo de irreverência, crítica acutilante e pioneirismo criativo. Após um período de intensa actividade no meio musical e artístico de Sheffield, Ian Anderson centrou-se no design enquanto formulação intelectual e ideológica. Auto-didacta e empreendedor, implementou os três A’s da filosofia dos TDR: Atitude, Abordagem e Aplicação.

Com três participações em edições anteriores (EXD‘01, ‘03 e ’08) e uma forte identificação com a missão e valores da Experimenta, Ian Anderson vem reforçar a nova dinâmica da estratégia de comunicação da Bienal, no âmbito de um posicionamento internacional cada vez mais expressivo.

Ian Anderson esteve em Lisboa em Março para iniciar o desenho da identidade visual da EXD Lisboa 09, bem como o processo de re-branding da Experimenta.

Mais informações
: www.experimentadesign.pt

Já está online o blog “It’s About Time”, um fórum de discussão, reflexão e partilha que visa envolver um maior número de interlocutores no programa e conteúdos da EXD’09. Os comissários das exposições nucleares - Tulga Beyerle, Hans Maier-Aichen e Emily King –; designers e críticos convidados - Max Bruinsma, Ian Anderson, Frederico Duarte, Mário Moura e Luís Royal - são os primeiros a alimentar o debate com contributos regulares em diferentes formatos: foto-reportagens, sugestões de leitura, relatos de viagem, críticas de exposições e explorações teóricas. O primeiro blog da EXD pretende tornar mais visível e próximo do público o processo de construção do programa desta edição.

Partilhe ideias, opiniões, experiências e dúvidas nesta plataforma de diálogo cada vez mais plural e inclusiva em www.experimentadesign.pt/2009/blog/.

A ExperimentaDesign Lisboa 2009 está entre as 23 candidaturas seleccionadas pela Agência Executiva para a Educação, Audiovisual e Cultura da Comissão Europeia. De entre 163 candidaturas de toda a Europa, a Bienal portuguesa foi reconhecida como um projecto que “promove a inovação e a criatividade, bem como a mobilidade dos criadores e das suas obras ao nível Europeu”, e uma mais-valia no “reforço de uma identidade Europeia”.






Monday 13 April 2009

Continuação da arte nos anos 60

Linguagem abrstracta

A vertente abstracta da pintura caracteriza-se pelas suas raízes em Kandinsky e no seu abstraccionismo lírico, definido pela procura do instinto e do inconsciente, estando a arte ligada à imaginação, emoção e às “necessidades interiores”, sendo como tal, uma representação dos conteúdos simbólicos a ela inerentes e em alguns artistas, definidos pela “rejeição sem compromisso da lei e da ordem da sociedade vigente”, seno a arte como tal, uma reacção à sociedade e não a um estilo artístico definido.
Estas novas concepções referentes à arte de linguagem abstracta, alteraram radicalmente a noção de arte em particular de pintura que predominava até à década.
Inseridos nesta tendência abstracta de linguagem estão, o informalismo, a arte Bruta, o action paiting, o expressionismo abstracto, a pinuta metafísica, a pintura especialista e a optical art.



Op Art

A expressão “op-art” vem do Inglês optical art e significa “arte óptica”, a arte que envolve o estudo da percepção. Apesar de ter ganhado força na metade da década de 50, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento que culminou na década de 60. Este movimento artístico surgiu ao mesmo tempo nos Estados Unidos e na Europa.
A chamada Arte Óptica não tem o impacto actual e o apelo emocional da Pop Art; parece, excessivamente cerebral e sistemática mais próxima das ciências do que das humanidades. As suas possibilidades parecem ser tão limitadas quanto às da ciência e tecnologia.Os principais artistas da Op Art foram Victor Vasarely e Bridget Riley, inspirando-se em Albers e, recuando mais no tempo, no pontilhismo de Seurat e no orfismo de Delaunay.
A dinâmica da pintura na Op Art é alcançada com a oposição de estruturas idênticas que interagem umas com as outras, produzindo o efeito óptico. Diferentes níveis de iluminação também são utilizados constantemente, criando a ilusão de perspectiva. A interacção de cores, baseado nos grandes contrastes (preto e branco) ou na utilização de cores complementares são a matéria-prima da Op Art.

Monday 23 March 2009

"The Printed Blog" - um diáro que publica blogues


É impossível remar contra a maré, neste caso contra o avanço das novas tecnologias. A internet veio revolucionar as nossas vidas, a nossa forma de estar e de nos relacionarmos com os outros, de aprender e de conhecer, assim como hábitos que acreditávamos eternos. E, veio para ficar!

De um lado os mais pessimistas e talvez também mais conformistas, resignam-se à decadência em que sector da imprensa se encontra, afirmando que os jornais estão à “beira da morte”. Do outro lado, aqueles que procuram encontrar nas novas tecnologias, mais precisamente na internet, um aliado e não um inimigo., adaptando as formas de fazer jornalismo. A verdade é que enquanto os jornais pagos perdem leitores, que optam por os ler através da internet, os jornais gratuitos têm-se mantido estáveis.

Uma pequena empresa americana criou um novo projecto ao publicar um diário que reproduz conteúdos que já estariam anteriormente on line no universo dos blogues. Os primeiros números do “The Printed Blog” circularam em Chicago e Sã Francisco no final de Janeiro deste ano, reproduzindo entradas de bogues em papel vulgar, rodeado por vários anúncios locais, e distribuindo gratuitamente pelas cidades.

“The Printed Blog” publica textos não só de blogues, como de outros conteúdos, criticas, opiniões, estudos ou mesmo fotografias que surjam na Internet. O jornal é publicado em três ou quatro folhas de papel branco e a sua disposição é semelhante à de um blog virtual.

Com uma filosofia orientada com base na redução dos custos que encarecem tanto os jornais tradicionais, a empresa coloca impressoras comerciais nas próprias casas dos distribuidores. Os encargos financeiros com o papel, tinta e aos agentes que imprimem e distribuem os jornais, são suportados através da publicidade. “The Printed Blog” cobra cerca de 3,90 a 7,70 euros por classificado e 12 a 20 euros por anúncios comerciais que alcancem a 1000 leitores, significativamente mais barato do que os anúncios das publicações impressas.


A actual crise económica tem atingindo todos os sectores nos quatro cantos do mundo, e apesar das triagens de alguns jornais gratuitos sofrerem uma redução, esta pequena empresa ambiciona tornar o semanário “The Printed Blog” num diário com duas edições por dia.

Thursday 19 March 2009

Moda Lisboa 2009/10 - Autumn/Winter

No fim de semana passado Cascais foi invadido pelas novas colecções Outono/Inverno dos nossos criadores nacionais. Mais uma vez como espectador assíduo da Moda Lisboa, comprovámos a boa organização do evento, onde o bom gosto e criatividade foram uma constante . Pode ser tão enriquecedor ver uma boa exposição, assistir a bom concerto, ver uma boa peça de teatro ou um bom filme, como pode ser igualmente fiérico assistir a uma passagem de modelos, ou várias, onde as cores, formas, comprimentos, rostos, passos, penteados, musica, se fundem em criações memoraveis.

Porque o que é português pode ser bom ou muito bom, em qualquer área, a moda não é execepção, e a última edição da Moda Lisboa que se realizou no passado 12, 13, 14, e 15 de Março no Forte de Cidadela merece um destaque maior da nossa parte.
Conheça um pouco desta comunidade que reune muitos dos apaixonados por moda e modelos, criações e criadores, musica e magia, actualidade e revivalismos em www.communityzero.com/modalisboa


Durante o mês de Abril tivemos a oportunidade de navegar numa Comunidade online. Como já referimos, escolhemos a moda como tema da nossa Comunidade. Tanto a Comunidade como o blog partilham da mesma temática mas têm objectivos diferentes. A Comunidade tem como objectivo informar sobre um determinado tema e trocar ideias com outros utilizadores. Por exemplo, na nossa Comunidade, procurámos receber e partilhar informações sobre o mundo da moda e tudo o que lhe está inerente, como: datas de eventos, contactos de estilistas, moradas de lojas e fotografias de alguns eventos com as últimas tendências. Enquanto no Blog temos como objectivo partilhar todo o tipo de informação que achamos interessante de diversas temáticas. Em geral, os Blogs são "uma forma de escrita, ou de outro tipo de comunicação mais diversificada, essencialmente, individual. Os blogs, lidos num computador, são uma forma de leitura, ou de comunicação mais vasta, igualmente individual. Os blogs pressupõem uma forma de responsabilização pessoal específica, do autor do blog."(1)
O blog tem ainda uma edição sem custos e de fácil acesso a todos os que querem produzir informação, ao contrário da comunidade que, não sendo grátis, tem apenas 1 mês de experiência sem qualquer custo adicional. Nesta versão grátis, a comunidade tem um limite de GB que acaba por limitar os conteúdos que queremos partilhar. Ao contrário do blog, a Comunidade tem ainda uma estrutura pré-definida que, por um lado, dá-nos um fácil acesso às ferramentas mas, por outro lado, acaba por limitar a criatividade do próprio utilizador.
No fundo, percebemos que o blog é um espaço muito mais individual e amplo, sem quaisquer restrições. Podemos criar a estrutura do nosso blog e não temos de pagar por isso. Este está acessível a todas as pessoas que querem partilhar informação online. No entanto, apesar de mais restrita, a nossa comunidade deu-nos oportunidade de conhecermos "a fundo" o fascinante mundo da moda. Foi uma experiência enriquecedora e interessante que nos deu a oportunidade de conhecermos outros formatos de comunicação online.

(1) Lauro António in Encontro de Blogs

Thursday 12 March 2009

Web 2.0


“é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva".
Tim O'Reilly


A primeira geração da Internet representou um marco importante no progresso tecnológico e no acesso à informação e a novos conhecimentos. O principal objectivo estava ligado com a quantidade de material disponibilizado, “quanto mais melhor”. No entanto a utilização e manutenção dos serviços estava sujeita à obtenção de licenças e a um encargo financeiro que nem todos poderiam suportar, restringindo à partida o quadro dos participantes.
O desejo de democratizar ainda mais não só o conhecimento, como também o acesso aos softwares e aos sistemas informáticos, veio alterar as ”leis” de funcionamento que regiam até então este meio de comunicação, criando uma espaço aberto a todos. A grande diferença é marcada pelo papel do utilizador que deixa de ser um mero receptor passando a representar um papel activo, tornando-se simultaneamente, se assim o entender, emissor.

“Web 2.0” termo criado pela empresa O'Reilly Media em 2004, pode ser considerada como a segunda geração de serviços na Internet com enfâse na colaboração e partilha de informação.
A Web 2.0 oferece aos seus utilizadores uma vasta gama de aplicações on.line para os mais diversos propósitos, desde aceder a ficheiros, textos, fotográficas, ouvir músicas, ver vídeos, até à possibilidade de criar uma social networking – rede comunicacional entre os utilizadores; através de ferramentas como Messanger, Skype, Hi5, Orkut, Blog.
O que acontece neste Web’s é que não existe uma entidade responsável, mas sim uma responsabilidade que passa a ser partilhada por todos os que desejem intervir na construção e desenvolvimento de cada web. Quer isto dizer que cada Web Social está sujeito à utilização que lhe é feita. O sucesso da ferramenta depende em muito dos número de utilizadores, que permitirão melhorar o sistema.





É extremamente importante referir que a maioria dos sistema funciona a custo zero, algo que até há cinco atrás não acontecia, permitindo qualquer pessoa tenha um bocadinho de si “on-line”
No seguimento de um estudo mais minucioso sobre a Web 2.0 ou Web Social gostariamos de apresentar o http://palcoprincipal.sapo.pt/. Este site permite aos amantes de música, profissionais ou aspirantes, uma auto-promoção através da divulgação da produção musical realizada e uma permanente actualização, assim como contactos, agendas de espectáculo, projectos futuro, ou simplesmente funciona como um cartão de visita, dando a conhecer o seu trabalho. Bandas, músicos, vocalistas, produtores de musica e de espectáculos e técnicos encontram-se neste palco.

Se imaginarmos que no mundo real actual encontrar uma editora interessada ou que reúna as condições certas, ou ambas as razões, pode demorar anos ou nunca acontecer, web’s como este que aqui apresentamos, vem tornar possível, de uma forma rápida, fácil e eficaz, que projectos em fase embrionária ganhem formas e vida ao serem divulgados e partilhados em comunidade virtual.


Provavelmente não nos damos conta, no nosso dia, cada vez que abrimos o computador e nos colocamos on line com o mundo, como o paradigma da internet sofreu uma drástica mudança de filosofia enquanto plataforma com a implementação do Web Social e a dimensão dos impactos sociais que poderão ter causado. Se por um lado veio abrir a possibilidade de todos, cidadãos comuns, desempenharmos funções activas na produção e criação e de partilharmos essa produção individual ou colectiva com o mundo em rede – virtualmente, por outro enquanto receptores somos alvo de um bombardeamento permanente de informação, e informação e mais informação. Ou seja, não existe limites nem triagem, nem sequer qualquer controlo para o que enviado para o espaço virtual.

Final cut - A última memória



Argumento e Realização: Omar Naim
Ano: 2004
Intérpretes: Robin Williams, Mira Sorvino, James Caviezel, Mimi Kuzyk, Stephanie Romanov, Thom Bishops, Genevieve Buechner, Brendan Fletcher, Vincent Gale.

Alan Hakman (Robin Williams) é um especialistas que selecciona e edita as memórias dos falecidos, tornando as suas vidas honestas e sem pecados aos olhos dos outros. Através de pequenos implantes, os Zoe Chips, colocados no cérebro de uma pessoa à sua nascença e que registam toda a sua vida. Após a morte dos indivíduos, os especialistas da Zoe Tech retiram estes “chips” com o objectivo de escolher as memórias do falecido e fazer-lhe uma homenagem no dia do seu funeral.
Enquanto editava uma dessas “re-memórias”, Alan descobre algo sobre o seu passado… Uma memória que o assombrava desde criança. Alan decide investigar a verdade sobre esse acontecimento pondo em risco a sua própria vida…



Há ou não pessoas que fazem o que Alan fazia? Que profissão é essa?
Nos dias de hoje a tecnologia está cada vez mais avançada e tudo é possível de acontecer. Na nossa opinião, não existe uma profissão igual à de Alan. No entanto, a comunicação social invade fortemente o dia-a-dia do ser humano. Estamos constantemente a ser bombardeados pela informação, publicidade, etc, através dos Media que acabam por influenciar a nossa vida social e pessoal.
Tanto na comunicação social como na profissão de Alan, ambos têm o poder de manipular informação que recebem e transmiti-la como bem entenderem. Ou seja, Alan modificava a vida das pessoas manipulando a história das suas vidas, transformando o que podia ser mau numa vida beneficiosa e honesta.



Será que há pessoas que remedeiam aquilo que não podemos lembrar?
Cada pessoa é um ser único!
Tudo aquilo que fazemos da nossa vida depende de nós: as nossas escolhas, os nossos pensamentos, os desejos e atitudes; aquilo que lembramos e o que tentamos esquecer. O nosso futuro é o reflexo do presente.
Apesar da, cada vez mais, a invasão dos Media na sociedade, os meios sociais ainda não têm a capacidade que Alan tinha. Nem os Media nem ninguém. A tecnologia está cada vez mais avançada, mas não ao ponto de alguém ter acesso à nossa vida e aos nossos segredos mais íntimos.
A nosso ver, os acontecimentos importantes da nossa vida nunca são esquecidos. Por mais tempo que passe as “coisas importantes” ficam sempre connosco. É obvio que não nos lembramos de tudo o que vivemos desde que nascemos, mas ao contrário de Alan não possuímos “falsas memórias” nem alteramos a realidade. Da nossa experiência de vida até hoje, sabemos que isso não é possível de acontecer.
Concluindo, não há pessoas que remedeiam o que não nos podemos lembrar. Podem haver métodos, como filmes ou fotografias que deixam mais claro aquilo que um dia vivemos.

Wednesday 11 March 2009

Panorama da arte nos anos 60

A década de 60 foi um período de renovação das artes e do nascimento de novos estilos. Foi uma época de todo o tipo de experiências. Os artistas pop e os poetas da geração beat privilegiavam o triunfo da forma sobre o conteúdo, ao mesmo tempo que suscitavam motivos de reflexão.
O musical de rock Hair tornou visível o ambiente que se vivia, com as suas músicas contagiantes e imagens transcendentes, tendo sido um sucesso de bilheteira.
Os anos 60 tiveram um crescimento do consumismo como nunca houve igual, quando os baby-boomers do pós-guerra se concentraram em viver a vida com um entusiasmo e optimismo nunca vistos. Para acompanhar os movimentos juvenis, surgia a necessidade de uma linguagem gráfica visual que os identificasse.


O Psicadélico, o Op Art e a Pop Art marcaram o início de uma nova época nas artes visuais e as suas imagens ilustradas ajudaram a definir a aparência da década.

Provavelmente foram os Beatles quem, durante os anos 60, ofereceu à cultura popular algumas das suas imagens mais memoráveis, como podemos ver na capa de disco de Klaus Voorman para "Revolver", em 1965, no clássico animado de "Yellow submarine", ou no livro publicado em 1969 "The Beatles illustrated lyrics" de Allan Aldridge.
Em 1967, o artista e ilustrador Peter Blake utilizou uma combinação de fotografia e ilustração para criar a capa do disco "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band" e tornou os Beatles directores criativos vanguardistas além de músicos.

Entre as imagens ilustradas que assinalam os anos 60 como uma década inspiradora encontram-se as simbólicas capas da revista satírica alternativa Oz, criadas por Martin Sharp. A revista satírica começou em Sidney e em 1966 mudou-se para Londres, tendo no ano seguinte um poster com a imagem de Bob Dylan.
Também Milton Glaser criou um poster de Bob Dylan, que representava o cabelo do artista com espirais psicadélicas.




A banda desenhada "O gato Fritz" de Robert Crumb, o cartaz de Michael English para Jimi Hendrix, as capas da banda desenhada Zap Comix criadas por Victor 4
Moscoso, ou as imagens dos discos da banda "the grateful dead" são exemplos que marcaram um antes e um depois nesta época e são recordados por aqueles que, sendo na altura adolescentes, marcaram a diferença entre a geração anterior à guerra e a geração do pós-guerra.



Fontes:
RUHRBERG, karl; Arte do Século xx -Volume I e II,(Trad Ilda Boa Vida,Lisboa) Taschen 2005

Expo Carreiras na Ucp


O seminário sobre a Entrada na vida activa – exigências e perfis, a propósito do evento Expo Carreiras 09 realizado na FCH no passado dia 11 de Fevereiro, procurou esclarecer a missão da Universidade e a relação desta com a empregabilidade e as exigências da vida profissional. O Professor Adriano Moreira, licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, procurou esclarecer os alunos sobre os diferentes conceitos de empregabilidade e de emprego, e mostrar que há um poder político pouco consistente na Europa que implica a redefinição das Universidades. A Europa tem que alcançar uma certa superioridade em relação aos E.U.A. para que todos tenham as mesmas oportunidades pois está-se a chegar a um ponto em que deixa de haver esperança e começam a surgir incertezas e desconfianças que a Universidade tem de contrapor. Na segunda parte do seminário a Doutora Isabel Heitor, doutorada em Gestão de Recursos Humanos, pretendeu deixar claro a diferença da nossa geração e a da geração anterior focando a sua apresentação nos Perfis de Competência e Requisitos. Segundo a Dra. Isabel Heitor, o que difere a geração anterior da geração “y” e do mundo de trabalho é que, esta última nasceu numa altura em que havia um acesso facilitado à informação (anos 80 e 90) tornando as pessoas cada vez mais individualistas e independentes com uma grande necessidade de feedback e de reconhecimento.

Em relação ao perfil e atributos que um recém-licenciado deveria possuir para enfrentar o mercado de trabalho, Isabel Heitor, elege como mais importantes: a inteligência; a organização e planeamento; a inovação e criatividade; a orientação de resultados; o trabalho de equipa; a auto-confiança; a abertura à aprendizagem; e nomeia ainda outros atributos como a integridade e lealdade, a comunicação oral e escrita, a humildade e espírito de serviço e o pragmatismo. Por fim, a Doutora Elisabete Sousa procurou explicar os Processos de Recrutamento e Selecção de uma empresa.
É nas entrevistas que está o começo de um trabalho. O CV pode ser bom e o perfil o procurado pela empresa, mas se a entrevista corre mal dificilmente se será contratado pela entidade empregadora. A entrevista divide se em várias etapas. Começa-se pela tiragem curricular, ou seja, as escolhas do CV, efectuando os testes de selecção para determinar os candidatos ideais, testes estes que permitem avaliar a personalidade da pessoa. De seguida, segue-se a dinâmica de grupo, onde irão ser discutidos vários temas para ver como é o relacionamento do entrevistado com outras pessoas. Depois dos testes e de toda a preparação chegou finalmente a prova mais exigente para um candidato a emprego: a entrevista final. O candidato que vai ser entrevistado, antes da sua entrevista, deve obter informação da empresa a que se candidatou, recolher informação do entrevistador e ter domínio no seu próprio CV (Percurso profissional académico,etc). Ao conhecer o entrevistador o primeiro comportamento que o candidato deve ter é cumprimentar o entrevistador com delicadeza, procurando mostrar confiança. No decorrer da entrevista, o candidato deve transparecer o seu à-vontade com a situação, olhando sempre o entrevistador, pois esse é um dos maiores indicadores da sua firmeza. O discurso deve ser claro, curto e conciso - “ os 3 C’s”. Por fim, é muito importante, desde logo, a apresentação pessoal pois esta influenciará bastante a forma como o entrevistador o irá avaliar.

A sessão foi fucral para nós, estudantes universitários, que por vezes não estamos conscientes das implicações dos processos de recrutamento e da relevância da entrevista, sendo a frase do Prof. Doutor Adriano Moreira bastante demonstrativa deste facto que “o que distingue um universitário de um profissional não é a maneira como ganha a vida mas sim como a vê ”.

Universo

Convidamo-lo a passear pelo nosso universo, partilhando acontecimentos, factos, ideias, experiências, novidades e actualidades que em determinada altura pelo significado que tiveram, ou têm, merecem um lugar de destaque, mesmo que em paralelo.