Wednesday 11 March 2009

Expo Carreiras na Ucp


O seminário sobre a Entrada na vida activa – exigências e perfis, a propósito do evento Expo Carreiras 09 realizado na FCH no passado dia 11 de Fevereiro, procurou esclarecer a missão da Universidade e a relação desta com a empregabilidade e as exigências da vida profissional. O Professor Adriano Moreira, licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, procurou esclarecer os alunos sobre os diferentes conceitos de empregabilidade e de emprego, e mostrar que há um poder político pouco consistente na Europa que implica a redefinição das Universidades. A Europa tem que alcançar uma certa superioridade em relação aos E.U.A. para que todos tenham as mesmas oportunidades pois está-se a chegar a um ponto em que deixa de haver esperança e começam a surgir incertezas e desconfianças que a Universidade tem de contrapor. Na segunda parte do seminário a Doutora Isabel Heitor, doutorada em Gestão de Recursos Humanos, pretendeu deixar claro a diferença da nossa geração e a da geração anterior focando a sua apresentação nos Perfis de Competência e Requisitos. Segundo a Dra. Isabel Heitor, o que difere a geração anterior da geração “y” e do mundo de trabalho é que, esta última nasceu numa altura em que havia um acesso facilitado à informação (anos 80 e 90) tornando as pessoas cada vez mais individualistas e independentes com uma grande necessidade de feedback e de reconhecimento.

Em relação ao perfil e atributos que um recém-licenciado deveria possuir para enfrentar o mercado de trabalho, Isabel Heitor, elege como mais importantes: a inteligência; a organização e planeamento; a inovação e criatividade; a orientação de resultados; o trabalho de equipa; a auto-confiança; a abertura à aprendizagem; e nomeia ainda outros atributos como a integridade e lealdade, a comunicação oral e escrita, a humildade e espírito de serviço e o pragmatismo. Por fim, a Doutora Elisabete Sousa procurou explicar os Processos de Recrutamento e Selecção de uma empresa.
É nas entrevistas que está o começo de um trabalho. O CV pode ser bom e o perfil o procurado pela empresa, mas se a entrevista corre mal dificilmente se será contratado pela entidade empregadora. A entrevista divide se em várias etapas. Começa-se pela tiragem curricular, ou seja, as escolhas do CV, efectuando os testes de selecção para determinar os candidatos ideais, testes estes que permitem avaliar a personalidade da pessoa. De seguida, segue-se a dinâmica de grupo, onde irão ser discutidos vários temas para ver como é o relacionamento do entrevistado com outras pessoas. Depois dos testes e de toda a preparação chegou finalmente a prova mais exigente para um candidato a emprego: a entrevista final. O candidato que vai ser entrevistado, antes da sua entrevista, deve obter informação da empresa a que se candidatou, recolher informação do entrevistador e ter domínio no seu próprio CV (Percurso profissional académico,etc). Ao conhecer o entrevistador o primeiro comportamento que o candidato deve ter é cumprimentar o entrevistador com delicadeza, procurando mostrar confiança. No decorrer da entrevista, o candidato deve transparecer o seu à-vontade com a situação, olhando sempre o entrevistador, pois esse é um dos maiores indicadores da sua firmeza. O discurso deve ser claro, curto e conciso - “ os 3 C’s”. Por fim, é muito importante, desde logo, a apresentação pessoal pois esta influenciará bastante a forma como o entrevistador o irá avaliar.

A sessão foi fucral para nós, estudantes universitários, que por vezes não estamos conscientes das implicações dos processos de recrutamento e da relevância da entrevista, sendo a frase do Prof. Doutor Adriano Moreira bastante demonstrativa deste facto que “o que distingue um universitário de um profissional não é a maneira como ganha a vida mas sim como a vê ”.

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