Monday 23 March 2009
"The Printed Blog" - um diáro que publica blogues
É impossível remar contra a maré, neste caso contra o avanço das novas tecnologias. A internet veio revolucionar as nossas vidas, a nossa forma de estar e de nos relacionarmos com os outros, de aprender e de conhecer, assim como hábitos que acreditávamos eternos. E, veio para ficar!
De um lado os mais pessimistas e talvez também mais conformistas, resignam-se à decadência em que sector da imprensa se encontra, afirmando que os jornais estão à “beira da morte”. Do outro lado, aqueles que procuram encontrar nas novas tecnologias, mais precisamente na internet, um aliado e não um inimigo., adaptando as formas de fazer jornalismo. A verdade é que enquanto os jornais pagos perdem leitores, que optam por os ler através da internet, os jornais gratuitos têm-se mantido estáveis.
Uma pequena empresa americana criou um novo projecto ao publicar um diário que reproduz conteúdos que já estariam anteriormente on line no universo dos blogues. Os primeiros números do “The Printed Blog” circularam em Chicago e Sã Francisco no final de Janeiro deste ano, reproduzindo entradas de bogues em papel vulgar, rodeado por vários anúncios locais, e distribuindo gratuitamente pelas cidades.
“The Printed Blog” publica textos não só de blogues, como de outros conteúdos, criticas, opiniões, estudos ou mesmo fotografias que surjam na Internet. O jornal é publicado em três ou quatro folhas de papel branco e a sua disposição é semelhante à de um blog virtual.
Com uma filosofia orientada com base na redução dos custos que encarecem tanto os jornais tradicionais, a empresa coloca impressoras comerciais nas próprias casas dos distribuidores. Os encargos financeiros com o papel, tinta e aos agentes que imprimem e distribuem os jornais, são suportados através da publicidade. “The Printed Blog” cobra cerca de 3,90 a 7,70 euros por classificado e 12 a 20 euros por anúncios comerciais que alcancem a 1000 leitores, significativamente mais barato do que os anúncios das publicações impressas.
A actual crise económica tem atingindo todos os sectores nos quatro cantos do mundo, e apesar das triagens de alguns jornais gratuitos sofrerem uma redução, esta pequena empresa ambiciona tornar o semanário “The Printed Blog” num diário com duas edições por dia.
Thursday 19 March 2009
Moda Lisboa 2009/10 - Autumn/Winter
Porque o que é português pode ser bom ou muito bom, em qualquer área, a moda não é execepção, e a última edição da Moda Lisboa que se realizou no passado 12, 13, 14, e 15 de Março no Forte de Cidadela merece um destaque maior da nossa parte.
Conheça um pouco desta comunidade que reune muitos dos apaixonados por moda e modelos, criações e criadores, musica e magia, actualidade e revivalismos em www.communityzero.com/modalisboa
Durante o mês de Abril tivemos a oportunidade de navegar numa Comunidade online. Como já referimos, escolhemos a moda como tema da nossa Comunidade. Tanto a Comunidade como o blog partilham da mesma temática mas têm objectivos diferentes. A Comunidade tem como objectivo informar sobre um determinado tema e trocar ideias com outros utilizadores. Por exemplo, na nossa Comunidade, procurámos receber e partilhar informações sobre o mundo da moda e tudo o que lhe está inerente, como: datas de eventos, contactos de estilistas, moradas de lojas e fotografias de alguns eventos com as últimas tendências. Enquanto no Blog temos como objectivo partilhar todo o tipo de informação que achamos interessante de diversas temáticas. Em geral, os Blogs são "uma forma de escrita, ou de outro tipo de comunicação mais diversificada, essencialmente, individual. Os blogs, lidos num computador, são uma forma de leitura, ou de comunicação mais vasta, igualmente individual. Os blogs pressupõem uma forma de responsabilização pessoal específica, do autor do blog."(1)
O blog tem ainda uma edição sem custos e de fácil acesso a todos os que querem produzir informação, ao contrário da comunidade que, não sendo grátis, tem apenas 1 mês de experiência sem qualquer custo adicional. Nesta versão grátis, a comunidade tem um limite de GB que acaba por limitar os conteúdos que queremos partilhar. Ao contrário do blog, a Comunidade tem ainda uma estrutura pré-definida que, por um lado, dá-nos um fácil acesso às ferramentas mas, por outro lado, acaba por limitar a criatividade do próprio utilizador.
No fundo, percebemos que o blog é um espaço muito mais individual e amplo, sem quaisquer restrições. Podemos criar a estrutura do nosso blog e não temos de pagar por isso. Este está acessível a todas as pessoas que querem partilhar informação online. No entanto, apesar de mais restrita, a nossa comunidade deu-nos oportunidade de conhecermos "a fundo" o fascinante mundo da moda. Foi uma experiência enriquecedora e interessante que nos deu a oportunidade de conhecermos outros formatos de comunicação online.
(1) Lauro António in Encontro de Blogs
Thursday 12 March 2009
Web 2.0
“é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva".
Tim O'Reilly
O desejo de democratizar ainda mais não só o conhecimento, como também o acesso aos softwares e aos sistemas informáticos, veio alterar as ”leis” de funcionamento que regiam até então este meio de comunicação, criando uma espaço aberto a todos. A grande diferença é marcada pelo papel do utilizador que deixa de ser um mero receptor passando a representar um papel activo, tornando-se simultaneamente, se assim o entender, emissor.
“Web 2.0” termo criado pela empresa O'Reilly Media em 2004, pode ser considerada como a segunda geração de serviços na Internet com enfâse na colaboração e partilha de informação.
A Web 2.0 oferece aos seus utilizadores uma vasta gama de aplicações on.line para os mais diversos propósitos, desde aceder a ficheiros, textos, fotográficas, ouvir músicas, ver vídeos, até à possibilidade de criar uma social networking – rede comunicacional entre os utilizadores; através de ferramentas como Messanger, Skype, Hi5, Orkut, Blog.
O que acontece neste Web’s é que não existe uma entidade responsável, mas sim uma responsabilidade que passa a ser partilhada por todos os que desejem intervir na construção e desenvolvimento de cada web. Quer isto dizer que cada Web Social está sujeito à utilização que lhe é feita. O sucesso da ferramenta depende em muito dos número de utilizadores, que permitirão melhorar o sistema.
No seguimento de um estudo mais minucioso sobre a Web 2.0 ou Web Social gostariamos de apresentar o http://palcoprincipal.sapo.pt/. Este site permite aos amantes de música, profissionais ou aspirantes, uma auto-promoção através da divulgação da produção musical realizada e uma permanente actualização, assim como contactos, agendas de espectáculo, projectos futuro, ou simplesmente funciona como um cartão de visita, dando a conhecer o seu trabalho. Bandas, músicos, vocalistas, produtores de musica e de espectáculos e técnicos encontram-se neste palco.
Se imaginarmos que no mundo real actual encontrar uma editora interessada ou que reúna as condições certas, ou ambas as razões, pode demorar anos ou nunca acontecer, web’s como este que aqui apresentamos, vem tornar possível, de uma forma rápida, fácil e eficaz, que projectos em fase embrionária ganhem formas e vida ao serem divulgados e partilhados em comunidade virtual.
Provavelmente não nos damos conta, no nosso dia, cada vez que abrimos o computador e nos colocamos on line com o mundo, como o paradigma da internet sofreu uma drástica mudança de filosofia enquanto plataforma com a implementação do Web Social e a dimensão dos impactos sociais que poderão ter causado. Se por um lado veio abrir a possibilidade de todos, cidadãos comuns, desempenharmos funções activas na produção e criação e de partilharmos essa produção individual ou colectiva com o mundo em rede – virtualmente, por outro enquanto receptores somos alvo de um bombardeamento permanente de informação, e informação e mais informação. Ou seja, não existe limites nem triagem, nem sequer qualquer controlo para o que enviado para o espaço virtual.
Final cut - A última memória
Ano: 2004
Intérpretes: Robin Williams, Mira Sorvino, James Caviezel, Mimi Kuzyk, Stephanie Romanov, Thom Bishops, Genevieve Buechner, Brendan Fletcher, Vincent Gale.
Alan Hakman (Robin Williams) é um especialistas que selecciona e edita as memórias dos falecidos, tornando as suas vidas honestas e sem pecados aos olhos dos outros. Através de pequenos implantes, os Zoe Chips, colocados no cérebro de uma pessoa à sua nascença e que registam toda a sua vida. Após a morte dos indivíduos, os especialistas da Zoe Tech retiram estes “chips” com o objectivo de escolher as memórias do falecido e fazer-lhe uma homenagem no dia do seu funeral.
Enquanto editava uma dessas “re-memórias”, Alan descobre algo sobre o seu passado… Uma memória que o assombrava desde criança. Alan decide investigar a verdade sobre esse acontecimento pondo em risco a sua própria vida…
Nos dias de hoje a tecnologia está cada vez mais avançada e tudo é possível de acontecer. Na nossa opinião, não existe uma profissão igual à de Alan. No entanto, a comunicação social invade fortemente o dia-a-dia do ser humano. Estamos constantemente a ser bombardeados pela informação, publicidade, etc, através dos Media que acabam por influenciar a nossa vida social e pessoal.
Tanto na comunicação social como na profissão de Alan, ambos têm o poder de manipular informação que recebem e transmiti-la como bem entenderem. Ou seja, Alan modificava a vida das pessoas manipulando a história das suas vidas, transformando o que podia ser mau numa vida beneficiosa e honesta.
Será que há pessoas que remedeiam aquilo que não podemos lembrar?
Tudo aquilo que fazemos da nossa vida depende de nós: as nossas escolhas, os nossos pensamentos, os desejos e atitudes; aquilo que lembramos e o que tentamos esquecer. O nosso futuro é o reflexo do presente.
Apesar da, cada vez mais, a invasão dos Media na sociedade, os meios sociais ainda não têm a capacidade que Alan tinha. Nem os Media nem ninguém. A tecnologia está cada vez mais avançada, mas não ao ponto de alguém ter acesso à nossa vida e aos nossos segredos mais íntimos.
A nosso ver, os acontecimentos importantes da nossa vida nunca são esquecidos. Por mais tempo que passe as “coisas importantes” ficam sempre connosco. É obvio que não nos lembramos de tudo o que vivemos desde que nascemos, mas ao contrário de Alan não possuímos “falsas memórias” nem alteramos a realidade. Da nossa experiência de vida até hoje, sabemos que isso não é possível de acontecer.
Concluindo, não há pessoas que remedeiam o que não nos podemos lembrar. Podem haver métodos, como filmes ou fotografias que deixam mais claro aquilo que um dia vivemos.
Wednesday 11 March 2009
Panorama da arte nos anos 60
O musical de rock Hair tornou visível o ambiente que se vivia, com as suas músicas contagiantes e imagens transcendentes, tendo sido um sucesso de bilheteira.
Os anos 60 tiveram um crescimento do consumismo como nunca houve igual, quando os baby-boomers do pós-guerra se concentraram em viver a vida com um entusiasmo e optimismo nunca vistos. Para acompanhar os movimentos juvenis, surgia a necessidade de uma linguagem gráfica visual que os identificasse.
O Psicadélico, o Op Art e a Pop Art marcaram o início de uma nova época nas artes visuais e as suas imagens ilustradas ajudaram a definir a aparência da década.
Provavelmente foram os Beatles quem, durante os anos 60, ofereceu à cultura popular algumas das suas imagens mais memoráveis, como podemos ver na capa de disco de Klaus Voorman para "Revolver", em 1965, no clássico animado de "Yellow submarine", ou no livro publicado em 1969 "The Beatles illustrated lyrics" de Allan Aldridge.
Em 1967, o artista e ilustrador Peter Blake utilizou uma combinação de fotografia e ilustração para criar a capa do disco "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band" e tornou os Beatles directores criativos vanguardistas além de músicos.
Também Milton Glaser criou um poster de Bob Dylan, que representava o cabelo do artista com espirais psicadélicas.
Moscoso, ou as imagens dos discos da banda "the grateful dead" são exemplos que marcaram um antes e um depois nesta época e são recordados por aqueles que, sendo na altura adolescentes, marcaram a diferença entre a geração anterior à guerra e a geração do pós-guerra.
Fontes:
RUHRBERG, karl; Arte do Século xx -Volume I e II,(Trad Ilda Boa Vida,Lisboa) Taschen 2005
Expo Carreiras na Ucp
O seminário sobre a Entrada na vida activa – exigências e perfis, a propósito do evento Expo Carreiras 09 realizado na FCH no passado dia 11 de Fevereiro, procurou esclarecer a missão da Universidade e a relação desta com a empregabilidade e as exigências da vida profissional. O Professor Adriano Moreira, licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, procurou esclarecer os alunos sobre os diferentes conceitos de empregabilidade e de emprego, e mostrar que há um poder político pouco consistente na Europa que implica a redefinição das Universidades. A Europa tem que alcançar uma certa superioridade em relação aos E.U.A. para que todos tenham as mesmas oportunidades pois está-se a chegar a um ponto em que deixa de haver esperança e começam a surgir incertezas e desconfianças que a Universidade tem de contrapor. Na segunda parte do seminário a Doutora Isabel Heitor, doutorada em Gestão de Recursos Humanos, pretendeu deixar claro a diferença da nossa geração e a da geração anterior focando a sua apresentação nos Perfis de Competência e Requisitos. Segundo a Dra. Isabel Heitor, o que difere a geração anterior da geração “y” e do mundo de trabalho é que, esta última nasceu numa altura em que havia um acesso facilitado à informação (anos 80 e 90) tornando as pessoas cada vez mais individualistas e independentes com uma grande necessidade de feedback e de reconhecimento.
Em relação ao perfil e atributos que um recém-licenciado deveria possuir para enfrentar o mercado de trabalho, Isabel Heitor, elege como mais importantes: a inteligência; a organização e planeamento; a inovação e criatividade; a orientação de resultados; o trabalho de equipa; a auto-confiança; a abertura à aprendizagem; e nomeia ainda outros atributos como a integridade e lealdade, a comunicação oral e escrita, a humildade e espírito de serviço e o pragmatismo. Por fim, a Doutora Elisabete Sousa procurou explicar os Processos de Recrutamento e Selecção de uma empresa.
É nas entrevistas que está o começo de um trabalho. O CV pode ser bom e o perfil o procurado pela empresa, mas se a entrevista corre mal dificilmente se será contratado pela entidade empregadora. A entrevista divide se em várias etapas. Começa-se pela tiragem curricular, ou seja, as escolhas do CV, efectuando os testes de selecção para determinar os candidatos ideais, testes estes que permitem avaliar a personalidade da pessoa. De seguida, segue-se a dinâmica de grupo, onde irão ser discutidos vários temas para ver como é o relacionamento do entrevistado com outras pessoas. Depois dos testes e de toda a preparação chegou finalmente a prova mais exigente para um candidato a emprego: a entrevista final. O candidato que vai ser entrevistado, antes da sua entrevista, deve obter informação da empresa a que se candidatou, recolher informação do entrevistador e ter domínio no seu próprio CV (Percurso profissional académico,etc). Ao conhecer o entrevistador o primeiro comportamento que o candidato deve ter é cumprimentar o entrevistador com delicadeza, procurando mostrar confiança. No decorrer da entrevista, o candidato deve transparecer o seu à-vontade com a situação, olhando sempre o entrevistador, pois esse é um dos maiores indicadores da sua firmeza. O discurso deve ser claro, curto e conciso - “ os 3 C’s”. Por fim, é muito importante, desde logo, a apresentação pessoal pois esta influenciará bastante a forma como o entrevistador o irá avaliar.
A sessão foi fucral para nós, estudantes universitários, que por vezes não estamos conscientes das implicações dos processos de recrutamento e da relevância da entrevista, sendo a frase do Prof. Doutor Adriano Moreira bastante demonstrativa deste facto que “o que distingue um universitário de um profissional não é a maneira como ganha a vida mas sim como a vê ”.